Da redação (Justiça Em Foco) com Mário Benisti. Foto: Reprodução. – terça, 26 de março de 2019
A intenção externada pelo Presidente Jair Bolsonaro em extinguir a Justiça Trabalhista, contou com imediata reação e união das entidades representativas da comunidade jurídica do Estado de São Paulo que ensejaram manifestações em todo o país. Desde então, uma série de atos acontecem, principalmente em São Paulo, na tentativa de alertar, conscientizar e mobilizar a sociedade sobre a importância de resguardar a Justiça do Trabalho e os direitos que se encontram sob se manto jurisdicional.
Para fortalecer esta causa, a Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo (AATSP), a Associação dos Magistrados do Trabalho de São Paulo (Amatra II), o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo (Sintrajud) criaram o “Movimento em Defesa da Justiça do Trabalho (MDJT)” que, desde o dia 21 de janeiro, se mantém vibrante nas ações e robustecido em sua composição pela Federação Nacional dos Advogados (Fenadv), Movimento dos Advogados Trabalhistas Independentes (MATI) e dezenas de entidades representativas de classe.
Na última sexta-feira (22), por exemplo, a sede da Justiça do Trabalho de Franca (SP) recebeu diversas entidades que ressaltaram a importância de manutenção da estrutura trabalhista. De acordo com a presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo (AATSP) “a defesa da Justiça do Trabalho se mantém contínua, sólida e incessante. O movimento é nacional e encontra fortes pilares de sustentação”, avalia Sarah Hakim. A AATSP foi a primeira entidade a se posicionar de maneira contrária ao pronunciamento de Bolsonaro sobre a Justiça do Trabalho. Ao todo o MDJT já realizou seis atos em todo o estado de São Paulo.
A presidente da AATSP ressalta a importância da continuidade na mobilização para evitar uma possível desconstrução da Justiça do Trabalho. “É necessário manter a mobilização e a Advocacia atenta aos indicativos e atos de ataque, ainda que agora sob uma maior discrição”. O que, em sua concepção, poderia ser ainda perigoso, na avaliação da representante da AATSP. “A manifestação se fortaleceu e avançou quanto à conscientização da sociedade do papel indeclinável da Justiça do Trabalho, tanto para a garantia dos direitos dos trabalhadores, como para a preservação dos empregadores conscientes e cumpridores da legislação laboral”, defende Sarah Hakim.
Na última manifestação realizada em Franca, o “Movimento em Defesa da Justiça do Trabalho” sedimentou seu mister. O Movimento Acorda Sociedade (MAS), que atua na defesa da Previdência e Seguridade Social também incorporou a defesa da Justiça do Trabalho. A entidade, de forte atuação no cenário nacional e contrária à Reforma Previdenciária em pauta, ressaltou a estreita conexão dos interesses e pautas trabalhista e previdenciária.
Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo – Incansável na luta pelos Advogados e Sempre Vigilante na Defesa dos Advogados Trabalhistas de São Paulo.