Notícia: TRT DA 2ª REGIÃO INAUGURA ESPAÇO DA ADVOCACIA TRABALHISTA EM SEU ED. SEDE

Em mais um ato de aproximação entre a advocacia e a Justiça do Trabalho de São Paulo, foi inaugurado, na sexta-feira (13), um novo espaço, no 5º andar do Ed. Sede do TRT da 2ª Região, em São Paulo-SP: o Espaço da Advocacia Trabalhista – Sala Agenor Barreto Parente. O local foi destinado para a Associação dos Advogados de São Paulo (AASP) e para a Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo (AATSP), que o utilizarão como ponto de apoio e de serviços para advogados (na imagem abaixo, desenlace da fita inaugural; confira, ao final, a reportagem em vídeo sobre a inauguração).

A cerimônia de inauguração contou com a presença de representantes do Corpo Diretivo do TRT-2; de magistrados e servidores da instituição; da vice-presidente administrativa do TRT-15, Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla, e do desembargador Francisco Giordani, do mesmo TRT de Campinas; do presidente da Amatra-2, juiz Farley Ferreira; de membros da comunidade jurídica como o advogado trabalhista Luís Carlos Moro e de representantes da AASP, da AATSP, da Abrat (Magnus Farkat), da OAB-SP (Jorge Pinheiro Castelo); de membros de entidades sindicais; além da esposa (Ida) e dos filhos (Nelson e Artur) do advogado trabalhista homenageado, Agenor Barreto Parente, um dos fundadores da AATSP, falecido em abril deste ano na capital.

“Um evento dessa natureza faz cumprir a promessa que esta administração assumiu de estarmos lado a lado, caminhando sempre pelo mesmo ideal, que é o ideal da justiça”, afirmou, em seu discurso, a presidente do TRT da 2ª Região, desembargadora Rilma Aparecida Hemetério. “É uma grande honra termos essa sala que recebe o nome do grande jurista, pessoa de valor incalculável, que é o doutor Agenor Parente”, destacou.

A vice-presidente administrativa do TRT-2, desembargadora Jucirema Maria Godinho Gonçalves, saudou os presentes e afirmou que o Tribunal chega a um sonho, de reunir toda a advocacia com a área trabalhista. “Ficamos muito felizes e muito satisfeitos com essa participação conjunta, inovadora entre os tribunais. Aos advogados, sintam-se à vontade, vocês estão em casa”, disse.

Representando a AASP, a conselheira Elaine Beltran agradeceu à administração do TRT-2 pela destinação da sala e ressaltou a importância do diálogo entre o Tribunal e a advocacia. “A inauguração desse espaço glorifica toda a comunidade jus-laboralista, homenageia essa Justiça Especializada e reconhece a importantíssima contribuição do doutor Agenor Barreto Parente”, resumiu.

A presidente da AATSP, Sarah Hakim, afirmou que “a Justiça do Trabalho é um sistema em que advogados, magistrados, servidores e procuradores são interdependentes, cabendo a nós a simbiose de enfraquecimento ou de fortalecimento da classe, da cidadania, da Justiça do Trabalho e da justiça social”. E destacou a importância do acolhimento que esse novo espaço proporcionará aos advogados na casa da Justiça.

Fez-se, então, o desenlace da fita de inauguração do espaço e, em seguida, todos foram convidados a conhecer a sala, onde foi oferecido um bufê (nas fotos abaixo, as desembargadoras Rilma e Jucirema, e as advogadas Elaine e Sarah).

Usos para advogados

Segundo a AASP, o novo espaço da advocacia no Ed. Sede do TRT-2 poderá ser utilizado como área de convivência entre os advogados, para uso de computadores para digitalização, elaboração de petições e utilização do PJe, para breves reuniões entre advogados e seus clientes (mediante reserva prévia) e para emissão de certificado digital.

Os usos previstos pela AATSP incluem também a emissão de certificado digital, suporte de perito contador para auxílio quanto aos cálculos estimados pelos advogados nas petições iniciais, local de abrigo durante as sustentações orais, espaço para leitura de obras jurídicas e acesso a conteúdo multimídia de cursos disponibilizados pela associação, entre outros.

Vale lembrar que o Ed. Sede do TRT-2 abriga mais um espaço dessa natureza, a Sala dos Advogados Dr. José Granadeiro Guimarães, em homenagem a outro advogado trabalhista notório, falecido em 2008. O local é disponibilizado para a OAB-SP e encontra-se no 7º andar. O Ed. Sede do TRT da 2ª Região fica na Rua da Consolação, 1272, em São Paulo-SP.

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Notícia: Convenção do Assédio é salto histórico, diz presidenta de Associação Trabalhista

Convenção do Assédio é salto histórico, diz presidenta de Associação Trabalhista

• 26/6/2019 – quarta-feira
 

O combate ao assédio moral, sexual e a outras formas de violência no trabalho dá um salto histórico com a recente decisão da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de promulgar a Convenção 190, voltada para esse tema.

A avaliação é dra. Sarah Hakim, que preside a Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo e foi feita durante o programa Repórter Sindical na Web, nesta quarta, dia 26.

 

Dra. Sarah Hakim é entrevistada pelo jornalista João Franzin 

A advogada afirma: “A Convenção é de extrema oportunidade. Portanto, devemos atuar com firmeza para que o Brasil a ratifique, garantido efetividade e segurança jurídica. A sociedade precisa ser mobilizada também nesse sentido”. Na OIT, as Convenções sempre são definidas de forma tripartite, ou seja, trabalho, capital e governos dos países-membros.

Documentar 
– “Nem sempre é fácil tipificar o assédio, ainda que praticado de forma reiterada. Orientamos que a vítima procure juntar documentos e formar provas”, diz a dra. Sarah Hakim. Ela observa que, em razão do desemprego em massa, muitas vezes a pessoa suporta constrangimentos, mas orienta que sempre se busque orientação e apoio, no Sindicato de classe ou junto a um advogado de confiança.

Extensão – A advogada elogia a abrangência da Convenção, que não se limita ao espaço físico do trabalho. “Hoje, há formas móveis de trabalho e essa pessoa não está imune a assédios”, alerta. 

Assista abaixo programa na íntegra. 

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Fonte: http://www.agenciasindical.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=10628&friurl=_-Convencao-do-Assedio-e-salto-historico-diz-presidenta-de-Associacao-Trabalhista-_ | Visitado em: 27.06.2019

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Notícia: TRT-2: AÇÕES CONJUNTAS E CRIATIVAS MARCAM EVENTO DO DIA DO MEIO AMBIENTE

Ampliar a conscientização e incentivar a adoção de práticas sustentáveis no âmbito do Sistema de Justiça. Com esse objetivo, o TRT da 2ª Região promoveu, no último dia 6, o Evento do Dia Mundial do Meio Ambiente, no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, em São Paulo-SP. Realizada pela Escola Judicial do TRT-2 (Ejud-2), em parceria com a Escola Judicial da AGU-SP, a ocasião reuniu diversas autoridades federais, referências do tema sustentabilidade, bem como um público externo bastante expressivo, dentre os quais: TRT-15, TJ Militar, TRF-3, AGU-SP e Ministério da Saúde.

A mesa de abertura (foto acima) foi composta pela vice-presidente administrativa do TRT-2, desembargadora Jucirema Maria Godinho Gonçalves, representando a presidente do Regional, desembargadora Rilma Aparecida Hemetério; desembargadora Regina Duarte, presidente da Comissão Permanente de Gestão Socioambiental; juiz Rui César Públio Borges Corrêa, representando o diretor da Escola Judicial, desembargador Sergio Pinto Martins; e pela advogada Sarah Hakim, presidente da AATSP (Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo). O evento contou também com a participação do coordenador-geral da Consultoria Jurídica da União no Estado de São Paulo, Jorge César Silveira Baldassare Gonçalves, representando a AGU-SP.

A desembargadora Jucirema enfatizou que “a sociedade brasileira precisa estar atenta às questões socioambientais, pois dependemos muito das nossas ações para as futuras gerações. Se não agirmos agora, o futuro estará comprometido”. A desembargadora Regina lembrou que o Regional conseguiu economizar cerca de 300 mil reais durante 6 meses do ano passado, apenas adotando medidas sustentáveis. “Trata-se de uma economia bastante substancial que deve também ser levada aos familiares dos servidores”.

Durante sua palestra (foto ao lado), a procuradora da AGU Teresa Villac Pinheiro discutiu os desafios da sustentabilidade e “a responsabilidade do Estado, dos entes públicos e a nossa responsabilidade, enquanto servidores públicos e cidadãos”, nessa seara. A procuradora constatou que a legislação já possibilita a inserção da sustentabilidade nas contratações, o mercado fornecedor está se adaptando e o meio ambiente exige a preservação. Nesse ínterim, educação e ética ambiental são fundamentais, apesar de as “resistências culturais serem grandes”.

A segunda palestra do evento foi ministrada pela coordenadora do Poder Executivo da Rede Sustenta Paraná, Gisele Duarte Doetzer, que ressaltou a importância do trabalho em rede (foto ao lado). Ela contou a experiência do Fórum Governamental de Responsabilidade Social – Núcleo Paranaense, em vigência desde o início de 2016, apontando como é essencial o envolvimento dos órgãos públicos no fomento da demanda para tornar os produtos sustentáveis competitivos na sociedade. Segundo ela: “os custos gerados com os prejuízos decorrentes da falta dessa atitude somos nós mesmo quem pagamos”. E concluiu afirmando que “nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos”.

Jogo sustentável

Durante o evento, foi lançada a 2ª edição do jogo TRT-2 Sustentável, iniciativa que em 2018 buscou incentivar magistrados e servidores a mudarem hábitos de consumo, e que obteve resultados expressivos (foto abaixo).
 


 

A servidora do TRT-2 Fernanda Machado Martins, chefe da Seção de Gestão Socioambiental, apresentou a iniciativa e expôs seu funcionamento, que consiste em uma competição saudável entre as unidades e fóruns da 2ª Região. Neste ano, além da redução do consumo de água, luz e papel, o “game” vai incentivar a redução da produção de resíduos recicláveis e não recicláveis.

Dessa vez, qualquer servidor interessado em atuar diretamente no jogo pode se inscrever, de 7 a 14 de junho. A competição ficará em funcionamento de julho a novembro deste ano. Ao final da disputa, 9 bicicletas serão entregues aos ganhadores, além de outros prêmios. As bicicletas serão doadas pelo SICOOB Credijustra, apoiador do evento.

Rede Colaborativa de Sustentabilidade do Estado de São Paulo

Ao final do evento, uma parte dos participantes se reuniu para discutir e propor soluções sustentáveis. Esse foi o segundo encontro do grupo, que já havia se reunido anteriormente no laboratório de inovação da JF-SP para realizar um brainstorming com a temática, “sem cerceamento de ideias”. Agora, num segundo momento, Gisele Molinari Fessore, diretora da Ucin (Subsecretaria de Comunicação, Conhecimento e Inovação), da Justiça Federal de São Paulo, dividiu os presentes em três mesas, buscando um movimento de convergência das ideias, além de um plano de ação para desenvolver propostas (Design Thinking). “A ideia é multiplicar recursos, através da colaboração. Assim, é possível multiplicar possibilidades de atuação”. Para as participantes, como Andreia Andreia Monchione, que atua no EaD da JF-SP, pensar junto essa questão, trocando experiência com colegas de outros órgãos, facilita e agiliza o processo. A intenção é fazer um trabalho colaborativo, unindo esforços a favor do meio ambiente.

Texto: Larissa Martins de Queiroz; Fotos: Allan Lustosa – Secom/TRT-2

Fonte: https://ww2.trtsp.jus.br/servicos/informacoes/noticias/noticia/news/trt-2-acoes-conjuntas-e-criativas-marcam-evento-do-dia-do-meio-ambiente/?tx_news_pi1%5Bcontroller%5D=News&tx_news_pi1%5Baction%5D=detail&cHash=7baca473bb23fec158c33ff5f9926dfa | Visitado em: 12/06/2019

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Notícia: Modelo de Post

JURISTA GILDA FIGUEIREDO FERRAZ RECEBE HOMENAGEM DO PRESIDENTE DA FRANÇA

Da redação (Justiça Em Foco), com Mário Benisti Foto: Arquivo Pessoal. – sexta, 24 de maio de 2019

 

O governo da França concedeu à jurista Gilda Figueiredo Ferraz a comenda “Chevalier dans I’Ordre de la Légion d’Honneur”, em cerimônia realizada pelo consulado da França no último dia 15 na Aliança Francesa de São Paulo. A honraria é uma homenagem concedida a poucas personalidades que atuam na promoção da cultura francesa.
 
Conselheira da Associação de Advogados Trabalhistas de São Paulo (AATSP) durante três biênios, Gilda Figueiredo Ferraz também faz parte do Conselho da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e atual vice-presidente da Aliança Francesa de São Paulo. O presidente da França, Emmanuel Macrón, reconheceu os serviços prestados pela jurista ao governo, através da Aliança Francesa. A comenda é a de maior honraria do governo francês, destinada a quem trabalha enaltecendo a França no cenário mundial.

A jurista, uma das mais influentes na esfera trabalhista de São Paulo, destacou que também foi homenageada pela sua atuação profissional. “Como se trata de uma honraria máxima e para poucos, eu como Advogada e militante na área trabalhista fui homenageada também como profissional. E a AATSP por sua vez foi homenageada, porque eu tenho a honra de integrar seu conselho há três gestões”, avaliou Gilda Figueiredo Ferraz. 

A presidente da AATSP, Sarah Hakim, enfatizou que a homenagem prestada a jurista é de enorme valor à advocacia trabalhista. “A comunidade jurídica trabalhista se sentiu prestigiada, pois Gilda Figueiredo Ferraz tem atuação ativa e história de todo valorosa na Advocacia. A homenagem foi de grande merecimento, refletindo em todos nós.”, pontuou Hakim. 

Traços familiares

Com criação dentro do ambiente jurídico, a família de Gilda Figueiredo Ferraz está há mais de quatro gerações de consolidação no mundo do Direito e na Educação brasileira. Sua tia, Esther de Figueiredo Ferraz, foi a primeira mulher a ser ministra de Estado no Brasil, ocupando a pasta da Educação durante o governo de João Figueiredo e a primeira docente mulher na Universidade de São Paulo.
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Notícia: Homenagem AATSP ao Dr. Agenor Barreto Parente

A essência de um dos fundadores da AATSP e daquele que contribuiu para a construção do Direito do Trabalho em nossa saudosa homenagem.
Agenor Barreto Parente, nas palavras do Advogado, jurista, ex-Presidente da AATSP e Abrat, Luis Carlos Moro:

 

Agenor Barreto Parente!

Que honra de ser seu afilhado! Meu padrinho!

Recebi a difícil missão de lhe dizer algumas palavras, da qual me desincumbo com o sentimento de enormes perdas pessoal e de toda a sociedade, que haverá de reconhecer a sua grandeza e lhe prestar as devidas homenagens. Preferi proferí-las em forma de elegia em prosa, de declaração de amor, quase desnecessária entre nós, já que eu sempre soube ser amor recíproco, imensurável, partilhado por sua grande mulher, a companheira de vida Ida Rothstein Barreto Parente.

Nosso liame foi tecido com fios de afeição, de feição ideológica, política, profissional, familiar, entrecruzando-se tantas vezes que compôs uma trama inquebrantável, rara até mesmo entre pais e filhos e em vínculos de consanguinidade.

E foi precisamente nessa urdidura que a relação entre afilhado e padrinhos transcendeu o elo normal criado pela ritualística do apadrinhamento. Batizado em igreja católica por uma judia e por um comunista ateu, minha iniciação religiosa já indicava que receberia de meus pais e padrinhos os influxos de suas tolerâncias, de suas almas democráticas. Fizeram de mim um catecúmeno ecumênico.

Da infância, guardo na memória as suas festas, os 15 de novembro dos encontros políticos e eleitorais que tinham em seu aniversário o pretexto para o escape do sufoco imposto pela ditadura, na casa que Artigas (Ottoni, corrigiram-me os filhos!) projetou e que muitas vezes sediou encontros sediciosos contra o golpe militar. Ir à casa do Parente era, para mim, o momento de me avistar com quem pensava grande, discutia o país, as relações sociais, os meus primeiros paradigmas.

Havia um escritório junto à garagem, com uma biblioteca que me suscitava a sensação de que era infinita, a neverending library… Ali vi a primeira televisão colorida… E se minha relação com minha amada madrinha Ida e o Parente tinha na infância algo de mágico, na adolescência, ganhou contornos de realidade.

A realidade, então, superava a fantasia infantil na alegria de ser e estar.

Com o Parente conheci o trabalho. Tinha 15 anos quando fui ser office boy no Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Bebidas de São Paulo, na Liberdade, emprego que me deu a oportunidade de servir a classe operária. Aguardava com ansiedade as tardes das quintas-feiras, quando havia o plantão jurídico.

Acompanhava atento o modo com o qual se dirigia aos trabalhadores, suas explicações didáticas e breves (porque a fila andava), seu compromisso com os processos, o empenho com que se dedicava às peças processuais de casos economicamente ínfimos, mas de grande relevância para aqueles em favor de quem ele trabalhava tanto.

Foram poucos meses. Da Liberdade fui para a Praça da Sé, sob o endereço da Avenida Rangel Pestana. Trabalhava agora no escritório fundado por Rio Branco Paranhos e por ele conduzido. De lá advieram para mim os descortinos da vida e da lida. Tive a alegria do convívio diário com uma plêiade de advogados, principalmente com ele, e a oportunidade de apreensão do seu grande ensinamento derivado da sua relação com o trabalho, com os trabalhadores, com a Justiça do Trabalho.

Eram aulas de coerência, de retidão, de singeleza, de objetividade, gentileza, de como redigir mentalmente um texto limpo e ditá-lo pronto, reto, com argumentos lastreados numa convicção enraizada, irrefutável, produto de uma agilidade mental raríssima que se aliava a um acervo de conhecimento e entendimento raro. Havia nele um grande juiz, que esquadrinhava o seu pensar em segundos. E emitia a sentença breve, justa, precisa.

Sua companhia era um privilégio. Testemunhamos juntos momentos históricos, lutas lindas. Missa de Vlado na Catedral da Sé, distensão, abertura, anistia, diretas já, Constituição.

Conheci por suas mãos trabalhadores inesquecíveis, seus clientes, humilhados e ofendidos de toda a sorte. Foram inúmeros… Olindos, Lauras, Asteróides, motoristas e cobradores da pasta 785, a velha CMTC em peso, trabalhadores tratados todos com igualdade, independentemente das suas circunstâncias pessoais. Sindicatos tantos… artistas, borracheiros, costureiras, fiadores e tecelões, metalúrgicos, mestres e contramestres, vidreiros.

Por ele, tornei-me advogado do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Fiação e Tecelagem, seguindo a senda trilhada por Rio Branco, Marcos Schwartsman, Altivo Ovando, meu pai e meu irmão, o Nando Moro, entre tantos outros.

Vi presidentes de multinacionais esperarem atendimentos aos operários mais humildes, porque o homem de terno azul marinho ao fundo do grande salão atendia segundo a ordem de chegada e não pela hierarquia socioeconômica do beneficiário de seus préstimos.

Depois de completar 18 anos, já habilitado, ao fim do expediente, a carona que lhe dava para a sua casa em Alto de Pinheiros era o momento mais aguardado. Formei-me advogado no carro, absorvendo cada lição, haurida do diálogo pródigo e despretensioso.

Parente fez as mais contundentes defesas da Justiça do Trabalho que tive a oportunidade de ouvir, instituição a que se vinculou como parte integrante de sua história. Não aceitava que se lhe criticasse publicamente, nem mesmo nas ocasiões em que merecia a crítica, o que só fazia reservadamente e àqueles em quem depositava estrita confiança. E fez as mais lindas orações na Justiça do Trabalho.

Advogava assim, coerente e exclusivamente para trabalhadores. Foi um grande defensor da instituição que lhe viabilizava essa defesa. Mantinha, no entanto, com os colegas de advocacia dos interesses opostos, a mais lhana cordialidade, as mais belas amizades, estabelecendo relações de confiança que dispensavam a aferição da veracidade de suas palavras. Assumia a honra do outro como sua.

Conhecia todos os funcionários da Justiça do Trabalho. Sabia seus nomes, os nomes de seus filhos, conhecia seus problemas. Disponibilizava-se. Ajudava quem quer que fosse. Sempre atento ao outro.

Era assim, um homem da alteridade, a pensar no mundo, nos humildes, no próximo. Amigo de seus amigos, leal. Socorria-os às ocultas, discretamente, como se pudesse esconder sua generosidade.

Destestava a autorreferência e desconfiava das homenagens, embora cearensemente adorasse um afago. Ele dizia que no Ceará difícil era chegar aos 5 anos. Depois disso, a pessoa evoluía que era uma beleza.

Ele evoluiu muito. Veio a São Paulo na década dos 40. Formou-se no Largo São Francisco, para o qual foi aprovado, como ele dizia, modestamente, em terceiro lugar (segundo, corrigiu-me Ida!). Um feito. Militou politicamente com a grandeza que lhe é própria. Lutou por amor, sempre. Do casamento à profissão.

E fez-se beleza humana. Tornou-se o trabalho em forma de pessoa. O trabalho em favor do trabalho. O trabalho em todos os lugares, sua própria casa convertida em lugar de trabalho. A Sé do trabalho.

E se permitia a alegria, a vida social, cultivar as artes, o teatro, o cinema, os bares, a literatura, os cafés (que tomava sempre ferventes), a Leiteria Americana, o centro da cidade que sempre foi dele e que o acolheu do mesmo modo como ele acolhia a todos os que lhe procuravam.

Era um gregário, algo raro na militância da esquerda. E associativista! Fundou e foi o primeiro presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo, palmilhando um caminho que busquei percorrer.

Intelectual real, sem aspirações a intelectualidade. De ironia fina. Do cérebro advinha uma luminosidade natural, uma energia que o colocava com a disposição física de vencer diversas vezes o vale do Anhangabaú, a percorrer todos os prédios da Justiça.
O tecido da minha vida, assim, é composto em grande parte por sua obra. Eu sou tela de sua fiação, de sua coloração.

Agenor, na mitologia grega, foi um rei fenício, filho de Posseidon, pai de Europa, raptada por Zeus, além de outros três filhos, Cadmio, Sílix e Fênix, a quem encarregou a missão de resgatar a filha, sem medir o poder de quem a havia capturado.

Agenor Barreto Parente é um rei cearense, marido da incansável Ida, pai de Arthur, o Tuca, e Nelson, o Nelsinho, ambos cidadãos que dignificam a sorte lotérica de terem provindo de seus pais. Avô de Daniel, Júlio, Laura e Pedro. Sogro da Bita e da Alessandra. A eles, peço licença de me unir à família e dizer que também recebi do Parente a missão de resgatar a defesa da classe trabalhadora e do Direito do Trabalho, sem medir o poder de quem os pretende capturar.

Na madrugada de 27 de abril de 2019, foi-se o artífice e a testemunha de um século de lutas trabalhistas. O grande legatário de sua profissionalidade e de suas batalhas é meu querido irmão Nelson.

Vamos juntos, meu caro. Temos um outro século para manter a obra do Parente.
Nós dele nos despedimos com amor, com admiração, com a absorção do exemplo e o compromisso do estabelecimento da continuidade que quebra e vence a grande fragilidade humana, a nossa finitude. Seus parentes próximos, amigos e seu afilhado, Parente, estão contigo.

Parente, presente!
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DIRETORIA AATSP – NOTA DE ESCLARECIMENTO

 

Dra. Sarah Hakim
Presidente

Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo – Sempre Vigilante na Defesa dos Advogados Trabalhistas de São Paulo.

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Notícia: Jornal AMATRA News traz Atos em Defesa da Justiça do Trabalho e dos Direitos Sociais.

Confira a faça o download do jornal AMATRA News. O Jornal da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região que na edição nº 38 de Março de 2016 contou com reportagens sobre os Atos em Defesa da Justiça do Trabalho e dos Direitos Sociais.

Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo – Incansável na luta pelos Advogados e Sempre Vigilante na Defesa dos Advogados Trabalhistas de São Paulo.

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AATSP – 25 de Março – Dia da Constituição Federal

Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo – Incansável na luta pelos Advogados e Sempre Vigilante na Defesa dos Advogados Trabalhistas de São Paulo.

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